segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Nós, Os Arquétipos E A Consciência!


Bom dia pessoas queridas!
Esse assunto dos arquétipos é muito cativante, porque nos ajuda a refletirmos sobre nós mesmos e assim tentar através dessa autoanálise mudar o que precisa mudar e melhorar aquilo que já é bom.
Esse estudo ajuda a despertarmos a consciência.
É um assunto curioso, porque os mitos foram criados para explicar as paixões humanas, e esse tema é fantástico.






O Ser Humano sempre quis entender a sua origem, a sua complexidade. Os filósofos gregos há muito tempo buscavam esses porquês da existência e das complicações da vida.





Carl Jung, psicanalista suíço e estudioso dos mitos, ao estudar as pessoas, comparando-as à toda essa complexidade mitológica, criou o que ele chamou de arquétipos. E realmente somos muito parecidos com eles.






Todos nós temos um pouquinho de cada ser mitológico, mas sempre tem um, ou mais de um que se destaca mais na nossa personalidade.
Na verdade somos um mix das personalidades desses arquétipos, e estudar as pessoas com essa visão é algo muito cativante, e extremamente curioso.
A gente se identifica demais! 
E quando estudamos esses arquétipos podemos enxergar em nós mesmos, e nos outros, na maneira de agir e pensar, esses tipos mitológicos manifestados, o Self de cada um de nós.
Estudar cada mito e suas relações promove um despertar da consciência, uma auto análise muito favorável à nível de auto-conhecimento.






Essa mistura de tragédia e redenção na vida dos mitos é a nossa própria vida. Os deuses encantam porque simbolizam esses aspectos diferentes de nossa própria personalidade.
Todos nós possuímos uma combinação dessas energias e características dos imortais, e uma vez conhecendo esse paralelo entre as pessoas e os arquétipos, muitos traços de comportamento são revelados pra nós.
Em termos terapêuticos, isso facilita muito, porque dá para analisarmos mais a fundo o íntimo de cada um.
Permite visualizarmos indícios de comportamentos, que são até previsíveis.






Em níveis de despertar da consciência, é muito bacana fazermos um paralelo da nossa vida com o Labirinto de Creta, e contar aqui a história de Teseu e Ariadne.






Antes de começar, gostaria de falar do significado da palavra Labirinto.
Do grego Labyrinthos, labirinto, confusão.
Em termos genéricos, qualquer construção intrincada, com corredores e passagens em meandros.
Em termos médicos, a palavra Labirinto foi usada para designar o aspecto intrincado e confuso dos órgãos da audição e do equilíbrio.
Quando uma pessoa está com labirintite, ela se sente desorientada e sem equilíbrio.







É muito bom filosofar na questão da mente humana, nesses arquétipos, e na evolução da História em si. Dá para aprendermos muitas coisas na nossa vida, e no nosso modo de agir.

Observando o significado da própria palavra Labirinto, e comparando com a nossa complexa existência, em termos de conhecimento, de despertar da consciência, é muito instigante pensar em entrar e sair do labirinto mental, e esse movimento pra dentro de si, a reconexão com a nossa origem, com o nosso EU, através do equilíbrio, da harmonia, é um trabalho interno e constante de meditação e auto-conhecimento.






A mente é um emaranhado de caminhos que se cruzam.
Ela tem poderes desconhecidos, forma um emaranhado tal como um labirinto e isso pode nos aprisionar e nos sufocar, deixando-nos totalmente exaustos e entregues à esse cárcere mental, que se transforma em emocional, espiritual e físico na maioria das vezes.

Quando entramos em contato com o monstro ou os monstros que assombram esse cárcere, representados mitologicamente na figura única do minotauro de Creta, tudo se complica ainda mais.






Na Ilha de Creta existia um Labirinto construído por Dédalo, uma figura da mitologia grega, um arquiteto.
Esse Labirinto foi construído para aprisionar Minotauro, uma criatura mitológica, metade homem, metade touro.





O deus Poseidon presenteou o Rei Minos com um belíssimo touro branco, com o objetivo que Minos sacrificasse o animal em sua homenagem. Mas a beleza do touro fascinou o rei, que sacrificou outro touro no lugar do belo animal que Poseidon havia lhe dado.

Poseidon, furioso pela tentativa de Minos de lhe enganar, fez com que Pasífae, esposa de Minos, se apaixonasse pelo touro branco, sendo que da união do touro com Pasífae, nasceu o Minotauro. Sem outra opção, e não podendo matar o "filho" de sua esposa, Minos pediu a Dédalo que construísse um labirinto para onde pudesse enviar o Minotauro com a certeza que o mesmo não escaparia.
Dédalo construiu o Labirinto de Creta!






Touro de Creta


Conta-se que o rei de Atenas, Egeu, fez um acordo com o rei Minos para que não invadissem sua amada cidade, para isso havia um acordo de que o rei Egeu deveria enviar à Ilha de Creta de ano em ano, como sacrifício, sete rapazes e sete moças para que a cidade de Atenas permanecesse intacta, pois a frota marítima de Minos era numerosa e terrível.
Esses jovens eram devorados pelo monstro.






Na tentativa de acabar com esses sacrifícios, Teseu, filho do rei, se apresentou para embarcar junto às 14 pessoas oferecidas em sacrifício, porém, com o intuito de matar o Minotauro.
O rei Egeu insistiu para que seu filho não embarcasse, mas Teseu estava determinado.
Dessa forma, Egeu acaba concordando e Teseu faz a viagem até a ilha de Creta. Ele consegue convencer o rei Minos a aceitar o acordo de libertar Atenas dessa obrigação, caso ele conseguisse matar o Minotauro.






Na noite anterior, Ariadne, filha de Minos, vai até o quarto de Teseu e lhe dá de presente um punhal e um carretel de fio de ouro, o famoso fio de Ariadne, dizendo-lhe que mesmo que ele conseguisse matar o monstro, ele precisaria achar o caminho de volta e sair do tão complicado Labirinto, pois eram inúmeras curvas e desvios escuros, passagens falsas e vias sem saídas, que nem Minos, seu pai conhecia todos os segredos.

Ariadne disse a Teseu para que amarrasse a ponta do fio numa pedra e segurasse com firmeza o carretel todo o tempo. Quando quisesse sair, o fio seria seu guia.

Teseu pergunta a Ariadne o porquê dela estar fazendo isso, porque se o pai dela descobrisse ela estaria correndo grande perigo.

Ela diz a Teseu que se ela nada fizesse, ele e as outras pessoas estariam em perigo ainda maior.
Assim Teseu se apaixonou por Ariadne.

Conta a lenda que Teseu conseguiu entrar no Labirinto e chegar até onde estava o Minotauro.
Em uma luta, com o punhal que Ariadne havia lhe dado, ele vence o monstro.





A saída dele do labirinto se deu graças ao fio de Ariadne.





Que outro símbolo, senão o labirinto, poderia ser utilizado para representar de forma tão perfeita a mente humana?
Farta em informações, abundante em conflitos e escassa muitas vezes de liberdade.
No centro da mente, o monstro que nos devora, perdido nos nossos pensamentos conflituosos que vagueiam pela nossa mente.
Quantos Teseus já surgiram nesses nossos dramas de consciência? Aquelas virtudes e forças que nos dão a coragem de acabar com o monstro maior.
Quantas Ariadnes nos proporcionam as ferramentas que precisamos para caminharmos pelo labirinto da nossa mente?
No Labirinto de Creta havia só um monstro, mas no nosso labirinto mental existem vários!






Portanto amigos e amigas, a Mitologia é a mesma linguagem mitológica da nossa consciência. Ela nos mostra que orientar-nos não é coisa assim tão fácil.

O Labirinto representa a Mente e todas as teorias, conceitos e aprendizados, e emoções que adquirimos durante as nossas existências.

Não é fácil chegar ao centro desse labirinto e deixar de lado esses aprendizados e sensações, muitas vezes errôneos sobre a vida.

Chegar ao centro do labirinto da mente exige que enfrentemos vários monstros, as dificuldades humanas, como vícios, ódios, violências, defeitos psicológicos, etc...






Precisamos do fio de Ariadne para sair desse aprisionamento mental! Um fio de Ouro!

Ariadne e o seu fio representam a nossa própria consciência que tem que estar sempre em atividade, aquela que nos conduzirá de volta para a luz.

Essa consciência, se não for muito bem trabalhada e esclarecida, ela se perde em teorias, pré-conceitos e limitações confusas que a perturbam, dando um verdadeiro nó na nossa existência e realidade.

Se ela não for despertada para que possamos nos orientar, acabaremos por nos perder dentro desse complicado Labirinto que é a nossa mente.

Leitura, busca espiritual, abertura da mente para coisas novas, meditação, auto-conhecimento, terapias holísticas, são algumas atitudes e ajudas que nos conduzem na compreensão de nós mesmos para eliminarmos os monstros.







Fácil?
Não! Super difícil!
Mas à partir do momento que estamos determinados a se abrir e buscar, meio caminho já teremos andado.
Este é o primeiro passo, querer se conhecer, querer entrar no Labirinto, querer chegar no centro dele, e eliminar os monstros, um por um.
A determinação de Teseu é imprescindível!

Uma hora somos Teseus na nossa própria vida, e precisamos de Ariadnes para nos dar as ferramentas, mas por outro lado, muitas vezes somos Ariadnes na vida de Teseus.







A vida é assim, precisamos uns dos outros para nos orientarmos.
Ninguém é feliz sozinho.
Teseu, quase se sacrificou em função dos jovens que eram sacrificados, mas pela sua bondade e desprendimento de egoísmo, foi enviada Ariadne com seu fio dourado, seu fio de luz para ajudá-lo nessa missão difícil.
Isso nos mostra que nos propósitos da Vida, da Luz, nunca estamos sozinhos, sempre haverá um socorro em nossa direção.

O mais importante é sermos quebrantados de coração, essa é a única exigência, e a moeda pra cambiarmos as bençãos e as alegrias pra nossa vida.

Que o fio de Ariadne, com a sua cor dourada, violeta, forte e resplandecente guie a todos nós sempre em direção a luz, sempre em direção à saída.

Uma linda semana pra vocês é o que deseja o Portal! 
Um grande beijo no coração!