Quem não precisa renascer igual a Fênix?
Ao longo da vida precisamos renascer várias e várias vezes, que a coragem e a força da Fênix seja um exemplo pra nós.
Ovídio nos fala da seguinte maneira sobre a Fênix: “ A maior parte dos seres nasce de outros indivíduos, mas há uma certa espécie que se reproduz sozinha. Os assírios chamam-na de Fênix. Não vive de frutos ou flores, mas de incenso e raízes odoríferas.
Depois de ter vivido quinhentos anos, faz um ninho nos ramos de um carvalho ou no alto de um palmeira. Nele ajunta cinamomo, sálvia e mirra, e com essas essências constrói uma pira sobre a qual se coloca, e morre, exalando o último suspiro entre os aromas. Do corpo da ave surge uma jovem fênix, destinada a viver tanto quanto a sua antecessora. Depois de crescer e adquirir forças suficientes, ela tira da árvore o ninho (seu próprio berço e sepulcro de seu pai) e leva-o para a cidade de Heliópolis, no Egito, depositando-o no templo do Sol”.
Vejamos a de um historiador filosófico. “No consulado de Paulo Fábio (34 de nossa era), a milagrosa ave conhecida do mundo pelo nome de fênix, que havia desaparecido há longo tempo, tornou a visitar o Egito”, diz Tácito.
“Era esperada em seu voo por um grupo de diversas aves, todas atraídas pela novidade e contemplando maravilhadas tão bela aparição.”
Depois de uma descrição da ave, que não difere muito da antecedente, embora acrescente alguns pormenores, Tácito continua: “O primeiro cuidado da jovem ave, logo que se impluma e pode confiar em suas asas, é realizar os funerais do pai. Esse dever, porém, não é executado precipitadamente. A ave ajunta uma certa quantidade de mirra, e para experimentar suas forças, faz freqüentes excursões, carregando-a nas costas. Quando adquire confiança suficiente em seu próprio vigor, leva o corpo do pai e voa com ele até chegar ao altar do Sol, onde o deixa, para ser consumido pelas chamas odoríferas.”
Outros escritores acrescentam alguns pormenores. A mirra é compacta, em forma de um ovo, dentro do qual é encerrada a fênix morta. Da carne da morta nasce um embrião, que quando cresce se transforma em ave.
Heródoto descreve a ave, embora observe: “Eu mesmo não a vi, exceto pintada. Parte de sua plumagem é de ouro e parte carmesim; quanto ao seu formato e tamanho, são muito semelhantes aos de uma águia.”
O primeiro escritor que duvidou da crença na existência da fênix foi Sir Thomas Browne, em seus Erros Vulgares, publicado em 1646.
Suas dúvidas foram repelidas, alguns anos depois, por Alexander Ross, que diz em resposta à alegação de que a fênix aparecia tão raramente: “Seu instinto lhe ensina a manter-se afastada do tirano da criação, o Homem, pois se fosse apanhada por ele, seria sem dúvida devorada por algum ricaço glutão, até que não houvesse nenhuma delas no mundo. “
No Livro V do Paraíso Perdido, Milton compara a uma fênix o Anjo Rafael descendo à Terra:
Arcanjo Rafael, o anjo da cura, da transmutação!
Assim, cortando o céu, voa ligeiro,
Entre mundos e mundos navegando,
Ora os ventos polares enfrentando.
Ora cortando, calmo, o róseo espaço,
Até que alcança as altaneiras águias.
Creem ver nele as aves uma fênix
Que cortasse os espaços, solitária,
Em procura da Tebas egipciana,
Para os restos mortais no radioso
Templo do Sol guardar.
A crença nessa ave lendária figura na mitologia de vários e diferentes povos antigos, tais como gregos, egípcios e chineses. Apesar disso, em todas essas civilizações, seu mito preserva o mesmo significado simbólico: o renascer das próprias cinzas, e a longa vida desta ave demonstra a continuidade da vida depois da morte e a esperança, e assim ela passou a ser pra sempre esse símbolo de imortalidade e renascimento espiritual.
Assim podemos dizer que ela também representa ciclos de vida e rituais de passagem.
Devemos perceber que assim é na nossa vida, um eterno ciclo de nascer, viver e morrer.
A evolução nos impulsiona necessariamente pra seguirmos em frente, portanto pra tudo existirá períodos e ciclos.
Aqui, abordando pelo lado emocional, que é o nosso lado mais difícil de ser trabalhado, assim como a ilustração mitológica da Fênix, podemos e devemos conduzir as nossas vidas......Ao percebermos o fim, devemos nos afastar para fazer um ninho dentro de nós, com os recursos que temos para incendiar qualquer tipo de situação, e assim deixar queimar tudo que não tem sido bom e que tem trazido infelicidade.
É o renascer, a volta para o momento presente deixando ficar o que tem que ficar e ir o que tem que ir....Soprando as cinzas ao vento para que levem embora aquilo que você não quer mais viver.
Esse é um trabalhar constante e diário, delicado, complexo, mas inevitável se quisermos ser felizes.
Vivemos uma vida processando todos os aspectos emocionais psicológicos e físicos, muitas vezes achando que não poderíamos aguentar as provas e desafios que precisamos passar, mas depois que passamos, nos sentimos assim como a fênix renascida, novas forças e energias, alçando voo novamente, alegres, felizes e dispostos a continuar.
Assim é a nossa vida, um eterno convite pra viver e morrer!
A força que vem da superação, do renascimento das cinzas é como se fosse a purificação do ouro, somente no fogo e na temperatura certa é que pode haver a alquimia de tudo.
A Fênix é considerada em várias
civilizações como o símbolo da regeneração, o triunfo, no final......!
Beijos pra vocês!
"Texto adaptado do livro de ouro da Mitologia, Histórias de Deuses e Heróis."
"Texto adaptado do livro de ouro da Mitologia, Histórias de Deuses e Heróis."
PARABÉNS ESTÁ LINDO O BLOG, OTIMA NOITE BJS.
ResponderExcluirBom dia Lu!
ResponderExcluirObrigada amiga linda.
Esteja sempre aqui com a gente.
Grande beijo!